Hoje é um
dia importante e muito significativo para as mulheres de todo mundo: Dia
Internacional de Luta pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A data
existe desde 1981, quando no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe,
realizado na Colômbia, a ONU reconheceu a data, em homenagem às irmãs Mirabal,
assassinadas pela ditadura na República Dominicana.
O
enfrentamento a violência contra a mulher é uma das pautas que mais figura
entre as bandeiras de luta de movimentos sociais que defendem as causas das
mulheres, entre eles a CONTAG. Em suas ações de massa, a exemplo da Marcha das
Margaridas, a CONTAG sempre pauta o governo para levar o acesso à
Lei Maria
da Penha, principal instrumento neste enfrentamento, para as mulheres do campo
e da floresta, além de promover essa discussão com essas mulheres, para que
elas saibam seus direitos.
Nesse
sentido, a conquista mais recente foram as Unidades Móveis, ônibus equipados
com toda a aparelhagem necessária para que a mulher denuncie qualquer tipo de
violência e tenha acompanhamento do seu caso por autoridades e outros
profissionais.
Aproveitando
a data internacional, é lançada hoje a campanha anual “16 Dias de Ativismo pelo
Fim da Violência Contra as Mulheres”, que tem início hoje e vai até o dia 10 de
dezembro, dia em que se comemora o aniversário da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, proclamado em 1948. A campanha acontece em 159 países, e tem
como objetivo aprofundar, ao longo desses 16 dias, o tema da violência contra a
mulher e as formas de combatê-la”.
A
secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, fala sobre as questões
acerca desse tema nessa pequena entrevista:
Como está
a pauta do enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil?
No Brasil já demos muitos passos significativos nesse sentido, principalmente pautando o governo com relação à necessidade de políticas públicas que possam garantir o enfrentamento a violência, tanto em políticas que fortaleçam a autonomia econômica das mulheres como uma forma de se libertar, como também trazendo para a pauta do governo diversas agendas e debates no sentido de enfrentar a violência e garantir uma maior atenção a esse tema.
No Brasil já demos muitos passos significativos nesse sentido, principalmente pautando o governo com relação à necessidade de políticas públicas que possam garantir o enfrentamento a violência, tanto em políticas que fortaleçam a autonomia econômica das mulheres como uma forma de se libertar, como também trazendo para a pauta do governo diversas agendas e debates no sentido de enfrentar a violência e garantir uma maior atenção a esse tema.
Hoje
temos o Plano Nacional Mulher Viver sem Violência, que é uma das nossas
conquistas nesse sentido.
E o enfrentamento no que diz respeito especificamente às mulheres rurais?
No caso
das mulheres do campo e da floresta, a própria conquista das Unidades Móveis é
uma das ações. Estamos agora fortalecendo essa corrente para que no campo esse
tema venha com um debate mais forte para dentro das nossas organizações, pois a
violência não é uma situação de cada companheira sozinha, por isso deve ser
abordada e discutida em cada espaço que ela está, como nas organizações, na
sociedade e na família, por exemplo. Esse é um dos principais temas, mas muitas
vezes ele fica em silêncio.
http://www.contag.org.br/index.php?modulo=portal&acao=interna&codpag=101&id=9172&data=25/11/2013&nw=1&mt=1
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